segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

FILHOS TERCEIRIZADOS







FILHOS TERCEIRIZADOS.

A terceirização e uma modalidade empresarial moderna, para criação de novos frentes de trabalhos, bem como uma nova ordem empresarial. Este assunto tem como objetivo, trazer um alerta para nossa sociedade de educadores.

A criança terceirizada, e uma criança que não consegue receber a devida atenção. O carinho e necessária presença dos pais e dos educadores. De forma que, infelizmente, muitas crianças e vários níveis socioeconômicos, cujos pais não podem, e não conseguem cuidar delas e, delegam  essa função a terceiros.

Nesse ponto e sempre uma grande dificuldade quanto a formação de pessoas para atender tais necessidades, ao tempo que. Os pais não se preocupam e não sabem de fato quem são as pessoas que vai o dia inteiro e ate semanas cuidando dos seus filhos. O problema começa na programação familiar. Quanto a chegada a gestação, a concepção desse filho.

O grande desafio do século, e justamente dar continuidade aquilo que foi sentindo ainda no período da gestação, pois assim que a criança nasce vem acompanhando um teor de responsabilidade bem maior que dirigir uma empresa, do que sentenciar alguém, advogar, e por fim a além das responsabilidades da sala de aula.

Os primeiros toques, as primeiras, palavras, os primeiros gestos, precisam ser ensinados na escola mais eficaz do mundo a própria casa, o berço a própria família. Os nossos filhos são terceirizados logo que saem a primeira vez, das mãos dos pais para as mãos das babas. Em seguida terceiramos novamente a educação primeira dessa criança quando do os levamos para o jardim da infância.

Dias mais tardes, quando menos esperamos chega as primeiras reclamações e já temos como fazer absolutamente nada há não ser, aposta na vida e na sorte. Eles aprenderam com outras pessoas, com ostros mestres, com outros tutores e sabem-se lá o que aprenderam que agora não esta dando certo.

A primeira coisa que exigimos e que, a escola que esta sendo paga para ele, resolva os problemas de caráter dessa criança, quando essa nunca foi e jamais será obrigação da escola resolver. A partir desse ponto, começamos a jogar a culpa nos professores, nas modalidades de ensino, nos programas educacionais e vamos alimentado a grande lista de culpados, quando na verdade o verdadeiro culpado é-nos, quando terceirizamos a educação dessas nossas crianças. Vivemos a vida inteira desde adão, transferido responsabilidades.

Prof. Antônio Fortunato

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

VOCÊ JA PENSOU NISSO?

Onde Está Você

Mara Lima

Mara Lima - Onde Esta Você
Eu pergunto onde você foi
Que procuro e não consigo achar
Já disquei par ao seu telefone
Chamei o seu nome e não quis me escutar
Até choro quando eu me lembro
Das canções que você cantava
Era forte e dominava o medo
Tinha o segredo não temia nada, nada
Mas deixou que o vento deste mundo levasse você para
longe daqui
Hoje uma ovelha está ferida
Procurando a saída e não sabe onde ir
Aonde está você? Onde você está?
Seu lugar está vazio esperando você voltar
Volta depressa, ocupar o seu lugar
Jesus te chama, a porta aberta está

PAZ E BOM

Viver em paz! É uma das condições mais desejadas pela humanidade, contudo a verdadeira paz; a que vem de Cristo depende muito mais das nossas próprias ações; do que as externas provocadas por algo ou alguém. Está paz tão almejada pode ser alcançada sem que para isso a pessoa tenha que se indispor com quem quer que seja ou por qualquer motivo que são desvios para o verdadeiro encontro com a paz que está em Deus. "Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens." Lucas 2 : 14.
A paz dada por Deus aos homens através de Jesus excede a nossa compreensão humana limitada, por isso que há dificuldade das pessoas a enxergarem quando ela se apresenta na forma de ausências.
Pode parecer estranho afirmar que haja paz pela ausência, mais é exatamente ai que podemos sentir a diferença que a paz do Senhor nos concede, pois a paz do mundo é fundamentada no Ter – Possuir - Obter – Buscar – Conquistar. Mais a paz de Deus vai além dessas necessidades egoístas e carnais. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus. Filipenses 4:7.
Quando permitimos que esta paz guarde nossos corações e mentes das muitas preocupações do dia a dia, ainda que venhamos passar por alguma tribulação não permitimos que venha nos deixar abatidos, dai se aplica o conceito da ausência, quando paramos para verificar quais as causas da falta de paz da maioria das pessoas verão que são os excessos de coisas que possuem ou o extremo desejo de possuir que mais as atormenta.
Contudo quando uma pessoa tem a verdadeira paz de Jesus Cristo. Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo. João 14:27. Passa a existir em seu coração e mente uma total ausência do medo pela perda ou a aflição pelo desejo não realizado, pois sabemos que nada do que possamos imaginar pedir, desejar poderá se comparar ao que Deus tem para nos dá. "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR." Isaías 55 : 8.
Meus queridos (as) eu posso afirmar por experiência própria que a frase: Dinheiro não trás felicidade, mais manda fazer, uma grande mentira de Satanás. Eu já ganhei dinheiro fácil em loterias nos anos 80, mais precisamente em Setembro de 1981. E fiz tudo que, como diz outro ditado do mundo: o diabo gosta. Este sim uma verdade muito apropriada. Mais a aparente alegria ou se ainda assim quiserem chamar felicidade, comprada por este dinheiro, durava exatamente o tempo que levava para acordar no dia seguinte da mesma maneira que estava na noite anterior; ainda buscando ser feliz.
Dinheiro não trás felicidade, amigos não são motivos de felicidade, mulheres não dão felicidade e nem as muitas coisas do mundo, tudo e todas estão relacionadas e extremamente ligadas a motivações nem sempre sinceras. E como tal, quase sempre estas motivações não tem nenhuma garantia que possa fazê-lo sentir-se tranquilo, pois nunca sabe quanto tempo durará , o que acontece é que nunca está em paz.
Somente andando nos caminhos do Senhor é que finalmente encontrei a verdadeira paz e não precisei desembolsar nem um centavo sequer para tê-la, não precisei nunca mais jogar em loterias e nem precisei embalar-me na ilusão de paz e felicidade, que o mais otimista dos meus pensamentos poderia proporcionar. Aprendi apenas deixar nas mãos de Deus a direção da minha vida agora transformada por Jesus. Deixando que Ele me conduza, posso enfim experimentar a verdadeira paz que a ausência do muito querer pode me proporcionar. "Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos." Isaías 55:9
Junto com a paz que há em Cristo Jesus. Pelo Espirito Santo somos agraciados com muito mais do que realmente pudemos sequer imaginar! Somos completamente aperfeiçoados para ser feliz e propagar esta felicidade.  "Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança." Gálatas 5:22.
O que torna a nosso esforço para vivermos em paz com todos muito mais suave e também nos ajuda a buscar em paz a capacidade de vivermos em santidade. Por que se somos realmente filhos de Deus por adoção no nome de Jesus serão sim capazes de viver com paz e em santidade. "Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo." I Pedro 1 : 16.
Só Jesus pode nos conceder a verdadeira paz! Se estiverem em verdade e amor a Deus ela os alcançará.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

JUBILAÇÃO

JUBILAÇÃO

Pastor Santana entregará direção da IEADERN em Janeiro


O pastor Raimundo João de Santana, presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Rio Grande do Norte e presidente da CEMADERN, Convenção Evangélica de Ministros das Assembleias de Deus no Estado do Rio Grande do Norte, hoje com 86 anos, estando há 13 a frente da igreja no Estado, mais especificamente na capital encaminhou a AM - Assembleia Ministerial, órgão deliberativo da Igreja em Natal seu pedido de jubilação na presidência da mesma, para o próximo dia 06 de Janeiro, as informações são da IEADERN conforme abaixo:

Queremos tornar conhecido de todos que no próximo dia 06 de Janeiro de 2012, o nosso Pastor Raimundo João de Santana estará se despedindo de suas atividades ministeriais à frente da IEADERN. Nesse sentido, convidamos toda a amada igreja do Senhor para estarmos unidos num grande culto no Templo Central, oportunidade em que estaremos agradecendo a Deus por ter-nos concedido a honra e o prazer de, durante 13 anos, termos estado sob a liderança desse baluarte da evangelização em nosso estado, um verdadeiro patriarca.

Pastor Santana, em nossos dias, é um dos últimos de uma geração que se doou inteiramente ao exercício pastoral, não buscando para si status ou riquezas, antes ferindo os seus pés para levar a preciosa semente aos rincões mais inóspitos e distantes do nosso estado. Viveu  numa época em que os pastores e suas famílias não conheciam o que era conforto, antes abriam mão de suas vidas e projetos pessoais para lutar pela causa nobre do evangelho.

É por isso e tantas outras coisas que o Pastor Raimundo João de Santana deixa-nos um legado de fé, altruísmo, abnegação e dedicação irrestrita ao ministério pastoral e a Santa Doutrina de nosso Mestre maior Jesus Cristo.

Obrigado Senhor!
No mover do Espírito Santo,

Diretoria Geral IEADERN 
Fonte: IEADERN

Templo central da AD em Natal
Confira o edital de convocação para o ato da jubilação

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

ANTROPOLOGIA


A AÇÃO CRIADORA

O dogma da criação é fundamental para que se tenha consciência da dependência dos seres criados diante de Deus, do qual são reflexos.
A criação é obra pela qual Deus produz tudo do nada. É um ato que continua enquanto dura a criatura. Não se refere somente à primeira coisa criada, mas também àquelas que vêm a partir da primeira. A criação pode ser entendida pela filosofia, mas os filósofos não cristãos refletindo sobre ela caem no dualismo, no emanatismo ou no materialismo.
Porém, o pensamento mais crítico para o filósofo seria a criação “ex nihilo”, a partir do nada. A partir das coisas criadas, chega-se à conclusão de que existe um Criador. Esse pensamento contradiz o marxismo que fala do mundo “incriado”.
Pela filosofia poder-se-ia admitir que o mundo sempre tivesse existido, mas os estudos científicos por sua vez, indicam que o mundo teve um princípio temporal, o que está de acordo com a Revelação, que ensina a temporalidade do mundo.
Em determinado momento, segundo o dogma da criação, Deus criou tudo o que existe numa relação de dependência para com ele, muito embora a criatura tenha autonomia.

A AÇÃO CRIADORA NOS TEXTOS BÍBLICOS

Muitos textos bíblicos falam sobre o dogma da criação, mas os principais são os primeiros capítulos do Gênesis. Seu objetivo não é explicar a criação do mundo sob o ponto de vista da ciência, mas sim mostrar que Deus é único e é o criador do mundo. O livro do Gênesis trata do tema da criação de uma maneira mais espiritual, apresentando Deus como criador e organizador dessa matéria caótica desorganizada. A matéria vai se organizando de acordo com a Palavra de Deus. Tal organização pela palavra expressa a predileção de Deus ao homem.
Nos escritos proféticos o tema da criação sobressai em Isaías. Apresenta a criação como obra de Deus e relaciona-a com a História da Salvação. O mesmo Deus que criou o mundo, conduz o seu povo através da história em busca da salvação.
Os salmos apresentam a mesma idéia da soberania e majestade divina na criação.
Enfim, na literatura sapiencial aparece a idéia da criação a partir do nada, mostrando a soberania e a vontade de Deus, tanto na criação, quanto na preservação de sua criação.
No Novo Testamento, o tema da criação é abordado dentro da perspectiva de uma renovação. Nos Evangelhos Sinóticos é apresentada uma relação entre a criação, efeito da vontade de Deus, e a vontade divina para o modo de agir dos homens, bem como a ligação entre a criação e o Reino, que para todos está preparado. O Evangelho de João fala expressamente da criação e da participação de Jesus nela. Para São Paulo, o homem na graça vive uma nova criação. Deus não deixa de relacionar-se com suas criaturas, fruto de sua criação.

A CRIAÇÃO E A TRINDADE

Ainda segundo o dogma da criação, no princípio Deus criou o céu e a terra, e esse ato é obra inseparável de toda a Santíssima Trindade. Na plenitude do tempo, Deus realizou a obra da Redenção do mundo pela Encarnação e morte de seu Filho único. Ora, tudo o que fez Nosso Senhor, como Deus, nessa grande obra, foi realizado por toda a Santíssima Trindade. E Deus também não cessa de santificar as almas; esta obra de santificação é tão grande que toda a Santíssima Trindade dela participa.
Na criação, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são agentes que produzem um mesmo efeito. O ser criado é reflexo daquele que o criou. Com a razão é difícil de compreender essa situação, porém, a revelação faz compreender. A Sagrada Escritura oferece fundamentos para se compreender esse tema.

O MOTIVO E O FIM DA CRIAÇÃO

A obra da criação de Deus têm uma finalidade: a glória do Criador. Mas essa finalidade não exclui o homem, pois Deus não é egoísta, já que criou num ato de amor. As criaturas são reflexos do Criador e nisso consiste sua felicidade.Mas entre as criaturas, aquela que mais revela a Deus é o homem, pois a glória de Deus visa levar o próprio homem à visão celeste, através de sua santificação.

BREVE HISTÓRICO DA REFLEXÃO CRISTÃ SOBRE A CRIAÇÃO

A criação “ex nihilo” sempre esteve presente na consciência cristã como verdade fundamental. As primeiras citações do “Criador” se referiam a Deus. Depois se acrescentou o nome do “Pai”, que parece ser designativo da “Divindade”.
Houve controvérsias em relação ao papel do Verbo de Deus na criação, mas o Concílio de Nicéia, em 325, resolveu a questão distinguindo a “criação do mundo” e a “geração” eterna do Filho: o Filho não foi criado pelo Pai, mas sim, gerado.
Também houve diversas controvérsias entre filósofos estóicos, gnósticos, etc., e autores cristãos que sempre defenderam a doutrina da Igreja sobre a criação. Autores da Reforma Protestante caíram no erro de dizer que o mundo não revela Deus, pois que o mundo estava corrompido pelo pecado. Motivada por tantos erros doutrinários sobre a criação, a Igreja sempre se preocupou em corrigir as idéias que não estivessem de acordo com a Sagrada Escritura e a Tradição.

A PROVIDÊNCIA

O SENHOR, PRÓXIMO DE NÓS

No Antigo Testamento não existe um termo definido para expressar a “providência”, mas a idéia já é desenvolvida, e o povo de Israel percebe essa “providência especial” que se manifesta na Aliança. Deus cuida de todas as suas criaturas não fazendo distinção entre elas. Em Deus o homem encontra socorro e refúgio nos momentos de tribulação. Mas, apesar da providência, o homem se depara, às vezes, com o “silêncio” de Deus, principalmente quando sofre, mas isso não tira a capacidade que o homem tem de confiar em Deus.
Contraposto a esse “silêncio” divino, a Bíblia apresenta o recurso da oração, que parece fazer com que a Providência ao pedido daquele que ora. A Providência Divina é paternal. Deste modo percebe-se que a Providência Divina tem um fim escatológico particular e universal: diz respeito a cada indivíduo e a toda a humanidade, mesmo que alguns, mediante a liberdade que possuem, resistam a esse amparo oferecido por Deus.

 CONCEITUAÇÃO DE PROVIDÊNCIA. O GOVERNO DIVINO

A “Providência” é o desígnio de divino que, com sabedoria e liberdade, conduz os seres criados, no hoje da criatura. Deste modo, a Providência é certa e infalível e cabe a ela o governo e a conservação do mundo. Neste governo, Deus se utiliza da cooperação das criaturas. Umas contribuem com as outras. As criaturas são cooperadoras de Deus e cooperadoras entre si.

O CONCURSO DIVINO

Desde que começou a meditar sobre a Providência, o homem se pergunta como conciliá-la com a liberdade das criaturas, pois a Providência lhes tiraria a liberdade.
Chegou-se à conclusão de que Deus está na raiz do ser e do agir das criaturas. Deus dá e conserva o seu agir. E mais, as criaturas só conseguem agir porque são dependentes de Deus e como tais, são instrumentos nas mãos do Criador. Tudo o que a criatura faz é mais obra de Deus do que dela própria.

A PROVIDÊNCIA E O MAL

Esta é outra questão que surge ao homem: como aliar a verdade da Providência com a existência do mal? Antes de tudo se deve distinguir duas categorias do mal: o sofrimento que é contra a vontade do homem, ou seja, a dor, a miséria, a aflição, etc.; e a maldade, que é própria do homem, pois parte de sua vontade, que são o crime, o pecado, etc...
As religiões têm concepções diversas sobre o tema, chegando algumas delas a atribuírem o mal à providência e a seus deuses. Outras atribuem, num dualismo latente, o mal a um princípio mal, e o bem a um princípio bom, numa concepção maniqueísta platônica.
O pensamento filosófico moderno, de fundo ateísta, considera o sofrimento um mal necessário, já que o homem é apenas uma peça na engrenagem que faz o mundo funcionar. Tudo pode ser resolvido pela técnica e pelo progresso.
O cristianismo tem outra compreensão do problema do mal, tendo em vista dois pensamentos básicos: primeiro, que o sofrimento não é uma ilusão. É passageiro, mas existe. É fruto do pecado do homem; segundo, que a morte entra no mundo por causa do pecado do homem.
E não há nada de mal que aconteça no mundo que não passe pelo crivo da Providência. Conseqüentemente, o mal não é eterno, mas sempre esteve sob o controle de Deus.
Isto não significa que Deus seja o autor do mal, pois o mal é a ausência de um bem devido.
Surge, então, a questão de como e porque o mal existe. A resposta é que Deus criou o mundo em estado de “caminhada”, para atingir a perfeição última e, enquanto não atingi-la, o mal permanecerá, já que Deus criou tudo bom, mas o desvio das criaturas produz o mal.
Resumindo: Deus é o Senhor do mundo e da história, mas os caminhos de sua Providência muitas vezes nos são desconhecidos. Somente quando estivermos “face a face” com ele, teremos pleno conhecimento dos caminhos pelos quais terá conduzido sua criação até a glória definitiva.

PROVIDÊNCIA SOBRENATURAL

Todos os seres criados, de maneira especial os homens e os anjos, estão sob o regime da providência sobrenatural.
Sob essa Providência, Deus tem um desígnio a nosso respeito: oferece-nos a salvação através da mediação de Cristo.
A Utilização do termo “sobrenatural” não exclui o que é “natural” ao ser humano. Porém, não se pode relativizar e achar que o homem vai encontrar a felicidade no plano meramente natural, pois Deus propôs à humanidade uma vocação sobrenatural, desaparecendo assim, todo lugar para um fim último natural. As duas dimensões integram a existência humana de forma intrínseca.

A HISTÓRIA DA SALVAÇÃO

Deus se associa na nossa história no plano pessoal, e nos dá a graça através da fé. Mas também se associa no plano social e universal da história, através de suas obras.
É o que costuma se chamar de História da Salvação. Mas nem por isso o homem está livre das tribulações cotidianas.
Porém, Deus dá a todos a graça para que, perseverantes na prática do bem, procurem a salvação.
Deus revela seu plano de salvação e vem até o meio de seu povo. Entra na história de suas criaturas, tornando-se muito próximo do homem, comunicando-se por ações e por sua Palavra, pois a Revelação vem associada a acontecimentos, de modo que esses eventos ilustram e fundamentam as palavras e as palavras decifram esses eventos.

 

 

 

OS SINAIS DE DEUS

Na História da Salvação, Deus se faz presente por sinais, sendo Jesus o sinal máximo entre todos os outros, pois é a imagem visível do Deus invisível. Existem outros sinais: os milagres de Cristo e diversos outros que aconteceram ao longo da História da Salvação. Os milagres apontam para Deus, seu autor e estão a serviço da manifestação divina.
Os milagres ultrapassam a possibilidade das forças naturais e são absolutos, não podendo ser explicados pela ciência. Nos milagres deve-se observar mais o poder e a intervenção divina do que o fato em si, percebendo neles a extraordinária bondade de Deus.

A CRIAÇÃO DO MUNDO INVISÍVEL

O texto bíblico que melhor apresenta o tema da criação é o primeiro capítulo do Gênesis, que contém o Hexaémeron e o “descanso” de Deus. Esse relato é dividido em três partes: a “criação”, a “distinção” e a “ornamentação”.
No passado acreditava-se que era um relato histórico; depois pensou-se que fosse uma história e hoje fala-se de um relato teológico. Ele transmite uma mensagem religiosa e espiritual, sem intenção de fornecer dados científicos.
O que o relato quer mostrar é que o mundo e suas criaturas foram criados por Deus. Porém, a evolução da matéria pode ser admitida. Deus teria criado a matéria inicial caótica e dado as leis da natureza para que fosse se desenvolvendo, como se houvesse uma “dupla criação”: uma criada definitivamente e outra que estaria se desenvolvendo e evoluindo ainda hoje.
Assim, o cristão pode admitir o evolucionismo, a partir, porém, do criacionismo.

AS CRIATURAS INVISÍVEIS, OU ANJOS

ALUSÕES NO ANTIGO TESTAMENTO

A Revelação fala, inúmeras vezes, de seres espirituais superiores aos homens: os anjos. Os anjos não são figuras lendárias ou metafóricas. Fazem parte do patrimônio das verdades reveladas pelo Magistério da Igreja. No Antigo Testamento aparecem como criaturas a serviço de Deus, sendo em muitos textos, a aparição do próprio Deus. Em alguns textos se encontram citações dos nomes de alguns deles em relação com a missão que lhes foi confiada. Um desses anjos se torna mau e é identificado como “diabo” que significa adversário, e está sempre procurando fazer mal ao homem.
A literatura judaica considera os anjos como “filhos de Deus”, mas capazes de escolher entre Deus e o pecado.


NO NOVO TESTAMENTO

No Novo Testamento os anjos aparecem sob uma nova óptica. Estão relacionados com Cristo e a sua disposição protegendo a Igreja nascente e os Apóstolos. São enviados a serviço dos homens que buscam a salvação. No Novo Testamento aparece também a figura de Satã, que, com sua legião, se opõe a Deus. A exemplo do Antigo Testamento precisa de permissão de Deus para tentar ao homem.

OS ANJOS NA TRADIÇÃO CRISTÃ

A doutrina sobre os anjos sofreu interpretações erradas nos primeiros séculos. Então os Doutores cristãos elaboraram uma doutrina sistemática sobre os anjos, a fim de corrigir os erros.
O Magistério Eclesiástico definiu: são criaturas de Deus, feitas no início do tempo e não desde a eternidade. Foram criadas boas, mas por livre e espontânea vontade, algumas se tornaram más.
A Escritura diz que os anjos são espíritos, mas não estão em toda parte e nem em dois lugares ao mesmo tempo. Seu conhecimento é intuitivo e quando tomam uma decisão, não voltam atrás. Quanto a decisão de anjos optarem pelo mal, não podem voltar atrás, sendo que já estariam condenados junto com o príncipe deste mundo, pois para um anjo acima de tudo está sua decisão, o que pode condena-lo ou torna-lo sempre puro, essa uma vez tomada o faz um anjo do bem ou do mal(demônio).
Os anjos bons têm como missão adorar a Deus e ajudar os seres inferiores, os homens, a chegar à salvação, papel que cabe, principalmente, aos anjos da guarda.
Já os anjos maus tentam o homem, a fim de lhes tirar do caminho certo, muito embora o ser humano possa resistir às suas investidas, buscando força em Jesus Cristo que veio destruir as obras do maligno.

O HOMEM

SUA DIGNIDADE NATIVA

A Revelação diz que o homem é uma criatura feita no tempo, que não teve existência espiritual antes da corpórea. Os textos bíblicos não pretendem apresentar dados científicos, mas mostrar o relacionamento de Deus com os homens, sua superioridade em relação à natureza, etc. O homem é apresentado como imagem e semelhança de Deus, sendo Jesus imagem verdadeira do Pai, e nós, seu reflexo. O homem é “imagem de Deus”, porque foi criado com a capacidade de conhecer e amar seu Criador.

 

 

 

A ESTRUTURA DO SER HUMANO

O homem é um organismo psicofísico de corpo e alma, em perfeita unidade e complementaridade.
Alma e corpo se apresentam como duas substâncias independentes, porém, formando uma unidade. A alma é imortal ao passo que o corpo é corruptível, embora destinado à ressurreição. Entre corpo e alma existe uma dualidade perfeita, ao contrário do dualismo maniqueísta que coloca o corpo como cárcere da alma.
A visão perfeita da estrutura do ser humano nos apresenta são Tomás de Aquino. Ele diz que a alma é a forma do corpo, podendo subsistir sem a matéria corporal, pois mantém sua operação intelectiva aprendida mediante a operação sensorial.

SOBRE A ESPIRITUALIDADE E IMORTALIDADE DA ALMA

Os documentos do Magistério da Igreja afirmam que a alma é espiritual, fazendo da espiritualidade a fundamentação racional para a afirmação da imortalidade. Se a alma é espiritual, não pode ser corrompida, pois sendo espírito dotado de existência própria e independente da matéria, não se extingue com a corrupção do corpo. A Revelação não apresente profundamente o caráter natural ou sobrenatural da imortalidade da alma, pois a Escritura considera toda a vida do ser em relação à Deus.

O HOMEM E A MULHER

Segundo o dogma da criação, Deus criou o homem e a mulher à sua “imagem e semelhança”, com aptidão para a vida na graça e deu-lhes a missão de perpetuar a espécie, através de sua sexualidade, embasados no amor, que ultrapassa o plano carnal e exprime uma vinculação e complementação profunda dos dois.
Homem e mulher são seres idênticos e complementares: idênticos quanto à natureza, e complementares quanto às particularidades físicas e psicológicas. Realizam-se humanamente e santificam-se mutuamente dentro da Lei Moral.
Têm igual dignidade, embora no Antigo Testamento a mulher tenha sua participação limitada na sociedade. Porém, no Novo Testamento, essa situação muda, principalmente por causa da participação de Maria.
Dentro dessa igualdade, a sexualidade humana é orientada para o matrimônio monogâmico indissolúvel, destinado à complementação mútua e à procriação da espécie, sendo no Novo Testamento elevado, por Cristo, à categoria de Sacramento.

TRANSFORMISMO, POLIGENISMO, MONOGENISMO

O Magistério da Igreja não nega o evolucionismo ou transformismo. Admite-o, desde que a partir de um criacionismo. A Sagrada Escritura acena essa possibilidade quando diz que Deus modelou o homem a partir do barro. O que se deve levar em consideração é que Deus é o Criador imediato da alma espiritual e imortal em cada homem.
A criação do homem é diferente dos outros seres porque ele é portador da “imagem de Deus”, enquanto os demais seres se reproduzem sozinhos, de maneira natural, o homem necessita que Deus crie sua alma e infunda-a em seu corpo, fato que acredita-se acontecer no momento da concepção, já que a vida do ser humano se inicia neste momento, conforme a própria ciência demonstra.
Propõe-se também a hipótese do poligenismo, que seria o aparecimento de diversos casais de um mesmo tronco originários. Esse sistema é contrário à doutrina do pecado original universal e contrário à unidade da História da Salvação. Mas também não é totalmente descartável, e pode, pelos menos, ser aceitável, levando-se em consideração o nome de Adão, “homem”, como gênero humano.
O monogenismo, um só casal de um mesmo tronco originário, parece ser o mais provável, e está em conformidade com a Sagrada Escritura. Essa hipótese não contraria o evolucionismo e nem o criacionismo.

A JUSTIÇA ORIGINAL

O homem perdeu a justiça original quando cometeu o pecado original. Para reconquistar esse estado foi necessária a redenção oferecida gratuitamente por Deus. Embora o homem recupere esse estado original no Batismo, as conseqüências do pecado original continuam a existir.

A QUEDA

A doutrina do pecado original é muito importante para a fé. Deve-se distinguir entre o pecado das origens e o estado de pecado que nasce cada ser humano. A humanidade vive mergulhada num caos tão grande, que deve ter havido algum acontecimento que o tenha causado, mesmo que alguns escritores digam que o relato do pecado original seja apenas simbólico. De qualquer modo, o relato não foi inventado. Foi apresentado como “o tipo” do pecado humano, onde teria o homem começado utilizar a liberdade para se tornar autônomo a Deus.
Deste modo, com o pecado de um, todos pecaram. E a participação dos descendentes no pecado de Adão se dá pela “solidariedade” universal dos homens com o responsável pela instalação do mal no mundo: o próprio homem.
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